segunda-feira, 28 de abril de 2008

Charnel n.5

A televisão da casa nova é da Sonyc. Fomos à procura de um desodorizante – a única coisa que encontrámos foi um Dvoe. E ainda nos tentaram impingir um Charnel n.5.

Esta foi uma semana pródiga em imitacões – e irritações: ganhámos muitos cabelos brancos com piratarias de viela, que nos pregaram rasteiras a toda a hora – bugs, cracks, tryouts expirados e assim por diante. Depois da mercearia, acreditámos que a solução de todos os nossos problemas estava no cyber… mas já demos tantas voltas e reviravoltas – e muito pouco mudou. À excepção do CD do Corão em português que nos ofereceram, quase nada funciona no renascido computador.

Optámos por desinstalar quase tudo, arranjámos um programa de edição de recurso, e amanhã seguimos para Laayoune, onde provavelmente nos espera um Channil, Chamel, ou outra versão ainda mais surpreendente do famoso perfume. Enfim: ossos do ofício.

O vídeo que hoje publicamos é um apanhado dos dias passados em Guelmim, na companhia do Habib, do Said e do Mostapha; e da viagem até Tarfaya, com um pitstop em Tan-Tan e muitos camelos, barcos encalhados, areia e vento. Demos-lhe o subtítulo de ‘versão desenrascada’, porque ainda temos a esperança de ver este problema completamente resolvido. A ver vamos.

Esta semana promete: o sr. António volta de Las Palmas e temos muito que trabalhar – o que não põe em causa o blog, claro. Temos momentos, vídeos e histórias de tudo o que aconteceu para além da novela do vírus. E não foi pouco!

Como é que diz o ditado? Quem não caça com cão, desenrasca-se com gato. Qualquer coisa do género. E não se fala mais nisso. ;)

O ritmo pachorrento de Tarfaya, onde o trânsito é quase um exclusivo de Land Rovers e carroças puxadas por burros, já nos conquistou. Se não fosse pelo projecto dos 1000 euros, o mais certo era ficarmos por aqui mais tempo. Sentimo-nos praticamente em casa, temos um grupo de amigos, até já conseguimos quebrar o gelo com duas marroquinas, depois de dois meses quase sem ouvir uma voz feminina.

Mas a estrada chama-nos, a Mikelina e a Penelope começam a ficar inquietas, as tendas estão a ganhar uma fina camada de pó do deserto – e o mais certo é voltarmos a pedalar até ao final da semana.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um verdadeiro ESPANTO!Carlinhos,com esse look nao precisas de nenhum charnel 5, ate com patcholi quebravas o gelo qualquer pessoa...

Voces continuem com este ESPIRITO,
Porque cada vez mais a vossa viagem esta dum interesse UNICO!

VIVA! VIVA! A vossa maneira de ser!

a curiosa

Anónimo disse...

Desta vez a Penelope foi-se abaixo!
Se calhar foi ciumes, de terem quebrado o gelo com as marroquinas!!!