segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A meio-gás


Apesar de ainda não termos fechado contrato com nenhuma editora, já estamos concentrados a 100% no livro. Modéstia à parte, está a ficar um espectáculo!

Contamos ter mais novidades no princípio de Setembro, por isso fica assim combinado: até ao fim de Agosto, actualizamos o blog duas ou três vezes por semana. Para manter a chama acesa! :)

Temos novidades do Centro de Recuperação do Lince Ibérico, fotografias inéditas, reflexões sobre o regresso a Portugal – e quem sabe um videozinho ou outro.

E se houver sugestões, dúvidas existenciais, opiniões ou seja lá o que for: não hesitem em comunicar, como é costume. Vamos continuar atentos e, na medida do possível, responder ao que for solicitado.

8 comentários:

Anónimo disse...

Quem ek tá nesta foto? N é nenhum d vcs parece-me. expliquem onde ek foi tirada etc...

Anónimo disse...

Anónimo, esta foto foi tirada na "corrida dos 1000km", um dos raros momentos em que pedalámos á noite.

1000km, porque no ponto de partida (Kenitra) tinhamos pedalado exactamente essa distância.

Foi um trajecto de 44km, até Rabat, na companhia de dois amigos: o Hicham e o Rachid.

As mãos que aparecem nesta fotografia são de um puto que nos veio a acompanhar durante algumas centenas de metros. Veio sempre à conversa, a rir-se, na bisga para conseguir acompanhar-nos na sua BMX.

Tentei tirar-lhe uma foto. Na primeira tentativa saiu o que se pode ver. Na segunda, o rapaz já aparece mas está desfocado. Depois de quase me espetar contra uma carroça, achei melhor desistir e guardei a máquina.

Jorge

Anónimo disse...

e quanto aquela história do canibal?
acabaram por não contar isso.

Aubigné disse...

Pessoal boa noite,

Acabava de escrever no meu blog quando decidi passar por aqui para ver se haveria novidades...

E não é que havia...

Estão em grande força para esse livro, gosto do espírito, aliás gosto de saber que não se apaguem chamas quando elas são produtivas, ainda são produtivas ou ainda produzem alguma coisinha (...quando já não interessam e nada produzem aí apagam-se!)

Quanto à preparação do livro cá o espero e para esse desafio muita força....espero que esteja a ficar espectacular.

Deixo uma pergunta: Gostaria de saber um pouco mais sobre como começou a surgir esta ideia de viagem...nós sabemos que surgiu há dois anos e que o Jorge ou o Carlos, algum de vocês, convidou o outro para ir beber café. Apresentou-se o projecto. E XARAN!?

Mas e a logística, o tempo que dispensaram a pensar caminhos e percursos, como foi o antes do que assistimos? O Carlos sempre trabalhou dois anos numa fábrica de salsichas para poder viajar?

Outra questão é: tudo bem que se pode querer conhecer o mundo antes de tudo e mais nada para se ser feliz…fazer-se sacrifícios para alcançar esse objectivo! Contudo o mundo não é assim tão bonito e cor-de-rosa, como, por exemplo, pensam gerir as vossas carreiras interceptas por estas viagens?

(É que vocês acabaram por ter a sorte de trabalharem numa empresa que vos abre os braços sempre que regressam!)

E aqui eu pergunto que conselhos dão para que outro alguém faça o mesmo…deixar tudo é a solução nómada para tudo??

Grande Abraço

Tiago Maria d' Aubigné
http://westerneutour.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Rapazes!
Desci ao povoado, desta vez porque estou a " Meio Gás" como vocês.
A velha Emília bem me dizia " Sr. Tenente, não ande tanto... que isto e aquilo...mas a verdade é que andava léguas por dia de volta com as minhas vinhas.
Agora aqui estou na vila, em casa da minha sobrinha Graça ,medica de excepçãoe que me receitou para a tendinite, tudo o que é devido e acima de tudo repouso.
Amanhãa, volto
Abraços

Anónimo disse...

Em primeiro lugar duas palavrinhas ao tenente: seja bem aparecido... e as melhoras!

E agora vou tentar responder ao Tiago:

Penso que há alguns mal-entendidos. A ideia para esta viagem não apareceu há dois anos. Nessa altura, o que apareceu foi a ideia de trabalharmos os dois num projecto de viagem. Não interessa qual, agora. Mas andámos durante esse tempo todo a contactar meios, possíveis apoios e patrocinadores. E como a coisa andava empenada com os patrocinadores, podes imaginar que ao fim de dois anos começamos a pôr em causa muita coisa. E foi então, em Dezembro de 2007, que decidimos que iamos fazer alguma coisa por nós, sem contactar ninguém. O objectivo era fazer uma espécie de ensaio, filmar-fotografar-escrever muito e voltar com um portfolio fixe para mostrar aos sponsors. Ou seja, no fundo, esta viagem concretizou-se em dois meses apenas!

Quanto à logística, não foi muito complicada. Tínhamos 1000 euros cada, pedimos emprestadas as bicicletas, e da viagem propriamente dita fomos investigar acerca das fronteiras, preços de vistos, uma ou outra estrada, quanto vale o dinheiro lá, etc. Não planeámos quase nada além de prever ao máximo a parte de papelada, o resto ficou para durante a viagem. E bviamente a experiência que já tínhamos noutras aventuras contou muito, porque sabemos como safar uma data de situações e temos outro à-vontade. Mas pelo que vi no teu blog, também já tens o "bichinho".

A história do Carlos na fábrica é bem anterior a este projecto, e pagou outras viagens, não esta. Ele terá muito gosto em esclarecer, aposto. ;)

Quanto à pergunta "profissional": sim, depois de vários anos a trabalhar noutras áreas, o nosso objectivo era mesmo fazer "profissionalizar" as viagens, ou seja, tirar algum partido desta paixão. Se vai dar, e durante quanto tempo, isso é outra questão.

E atenção: não temos a sorte de trabalhar numa empresa que abre os braços. Nós hoje em dia somos freelancers, e como tal trabalhamos com várias empresas/agências. O que por um lado dá mais liberdade, mas também é menos certo.

Mas conhecemos várias pessoas que foram viajar durante um ano, à volta do mundo, e quando voltaram tinham lugar na mesma empresa, e inclusive foram promovidos. A ideia de que as empresas fecham portas a quem vai viajar é errada. Hoje em dia, cada vez mais, as empresas valorizam experiências de vida deste calibre.

O que não implica que se tenha de fazer disto um estilo de vida, ou que seja preciso ser muito radical. Há quem vá apenas por alguns meses para a Ásia, outros vão dar a volta ao mundo e regressam à vida normal... cada um tem de tomar as suas opções, e há um expectro enorme de variantes, claro.

Deixar tudo não é nenhuma solução. Cada pessoa tem de encontrar o seu caminho, e esse caminho pode passar pela chamada "vida normal", obviamente. Desde que se encontre realização nas coisas que se faz. O que é mau não é ficar em casa - é ficar em casa a queixar-se. Isso sim é mau. Agora se é para sair 15 dias, 3 meses, 1 ano ou a vida inteira, isso depende de cada um, é um caminho que se vai fazendo.

Bem, já vai longo, o comment. Mais alguma coisa, está à vontade.

Abraço
Jorge

Anónimo disse...

E o canibal?!!

Anónimo disse...

Tz, o canibal é só "o" personagem mais espectacular que eu já conheci em viagem, e merece - no mínimo! - um bocado mais de atenção que um simples comentário a um post... :)

Dá-me uns dias para escrever um texto sobre ele, prometo que compensa a espera.

Mas em jeito de teaser, posso dizer-te que o conheci na Índia (não foi nesta viagem), onde ele vivia há 17 anos. É americano, neto/bisneto do Robert Louis Stevenson, e convidou-me para beber whisky de uma caveira humana!

Abraço
Jorge