...apesar dos Telejornais estarem mais concentrados em assaltos a bancos, guerra na Geórgia e Jogos Olímpicos na China... a verdade é que houve um golpe de estado. E as coisas, segundo o nosso enviado especial, estão no seguinte estado:
Aparentemente está tudo calmo! O problema, como já vos tinha dito, é saber em que moldes se irá fazer a transição... E pelos vistos, as coisas estão a complicar-se... Já começaram a falar de alterações à Constituição, na tentativa de implicarem os militares no poder executivo.
(...) As ajudas e programas de cooperação, em termos gerais, foram bloqueados. Os EUA, no dia seguinte ao golpe, pararam toda a formação e o apoio que estavam a prestar às forças de segurança. A União Europeia, que deverá fazer um pagamento de 84M€ na próxima 5.ª feira no quadro dos acordos de pesca, refere que se não for reestabelecida ou demonstrada a legitimidade do regime, irá anular o pagamento. Ouve-se que, como retaliação, se o pagamento não for efectuado, o estado da Mauritânia apreenderá todos os barcos que se encontrem a pescar ao abrigo dos acordos com a UE.
Por outro lado, estou espantado! Se o Presidente deposto não colhia praticamente qualquer apoio junto da população, também os putchistas não conseguiram arrebatar o apoio destes. Era unânime a vontade de mudança, mas é também unânime que os mauritanos queriam-na de forma legitima e não por força das armas. Sentem que este golpe de estado constitui um retrocesso bastante negativo na democratização do país. Ouve-se dizer que, o desfecho desta situação será um novo evento, agora talvez não tão pacifico.
A ver vamos! Certo, certo é que deixei de estar optimista...
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
E na Mauritânia...
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7 comentários:
Olá. Já anteriormente comentei a vossa epopeia. Sou uma tuga que fez o caminho até Dakar num carro de 1982, em Março deste ano e também conheci o Zé Fachada na Mauritânia. Chegámos a trocar o e-mail, mas o meu telemóvel avariou e perdi o dele. Zé Fachada: se vires isto, manda o teu mail para pmasson@sapo.pt.
Se vocês (Carlos ou Jorge) virem isto, mandem, se faz favor, o e-mail do Zé. Aqueles "tuguinhas" num restaurante no meio da capital da Mauritânia, foi uma benção naquele dia até sangria conseguimpos beber...E temos fotografias para lhe mandar. Para vocês, continuem a escrever os vossos textos e a mostrar os vídeos, porque me dá a saudade e, não tarda,repito a maluquice...
Beijinhos da Dina Maria Soares
Muito bem! Voces est~ao a fazer serviço público! se calhar não é o assunto mais interessante em termos de audiências mas é tão importante quanto a guerra e os assaltos. não é da Mauritânia que vem muito do peixe que compramos nos hipermercados? acho que sim... e se de repente os barcos ficam la apreendidos? acho que este problema diz-nos respeito e afecta-nos bem mais que a guerra na Ossétia do Sul..... digo eu.
Luís
o nosso peixe vem da mauritania?
Olá Dina como estás? Já te mandei o e-mail!
Estamos a vossa espera... Tragam chouriços, farinheiras e mouros... Feijão há cá e vinho também!
Sabem? Nós pensávamos que já tinhamos visto tudo quando vocês chegaram cá com uns calhambequesitos e depois não é que nos apareceram dois tugas de bicicleta... que mais virá para aí!?
Um abraço
José Fachada
P.S.: Oh Sonia... semanalmente há cerca de 6 a 8 camiões de peixe, pescado na costa mauritaniana que seguem viagem por estrada até Portugal. Mero, garoupa, corvina, atum, dourada, lagosta e camarão.
Não sabia, quem diria! E eu k achava k o peixinho k faço tão bem com batatinha cozida vinha ali pros lados de Peniche... lol... estamos sempre a aprender, não é verdade?
e já agora como é k ficou essa situação? O dinheiro entrou ou não? Ainda vou ter peixe esta semana?
Oh Sonia, ainda não sabemos muito bem como estão as coisas... A UE continua publicamente a reprovar o golpe de estado, mas ao mesmo tempo, lá vai batendo com as mãos nas costas dos golpistas. É a hipocrisia da politica internacional, critica-se porque tem de se criticar, mas lá no fundo até gostam que isto seja a rebaldaria que é!
Portanto, peixe em principio não te vai faltar... mas em caso de ruptura de fornecimento, mandem para cá entremeadas e entrecosto de porco, que nós tratamos de mandar para aí uns peixitos
Beijos
José Fachada
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