Mal atravessámos a fronteira da Mauritânia, a paisagem mudou radicalmente. É verdade que continuamos no deserto, mas as casas, as pessoas e todo o ambiente se transformou. Este país foi uma revelação: primeiro, porque estávamos à espera que fosse muito “próximo” de Marrocos, e encontrámos aqui um primeiro travo a África; depois, porque se num primeiro contacto as pessoas parecem um pouco distantes, à medida que se fica mais tempo começam-se a reconhecer amigos por todo o lado. Ficámos em Nouadhibou quase até ao limite do nosso visto, aproveitámos para viajar no Maior Comboio do Mundo, e quando começámos a descer em direcção ao Senegal, já estávamos a fazer contas com o tempo, os quilómetros e o dinheiro. De Nouakchott, a capital, pedalámos contra o vento e o tempo, e se chegámos à fronteira do Senegal ainda com o visto válido, foi porque no último dia apanhámos boleia de um italiano louco, o Fabriccio.
Curiosidade: 30km a sul de Nouakchott, parámos na berma da estrada para descansar um pouco, antes do último “esticanço” do dia. Como ficámos à conversa com uma família na sua mercearia, ouvindo as mulheres a cantar e as crianças que saltavam, jogavam à bola e dançavam “à Michael Jackson”, acabámos por ficar ali a dormir. O chefe da família queria convidar-nos para a o seu terraço, mas como precisávamos mesmo de sair cedo e avançar no dia seguinte, declinámos. Por isso cedeu-nos um espaço ao pé da estrada, uma espécie de “galinheiro” vazio, com areia apenas, onde enfiámos as bicicletas, montámos as tendas e dormimos.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
de Nouadibhou a Rosso
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1 comentário:
Sinto falta dos comentários...............
ainda bem que está quase a acabar o concurso....... e os blog awards?????
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