Lembram-se que, durante a viagem para Dakar, costumávamos dizer que tínhamos uma estrelinha a acompanhar-nos e a proteger-nos?
Pois... estamos em condições de vos adiantar que hoje ficámos a conhecer, "em pessoa", essa estrela.
Chove a cântaros, o vento sopra e assobia, estamos enfiados nas tendas mas cada um com um enorme sorriso. Hoje tivemos "daqueles dias"!
Temos que agradecer ao Alexandre, que foi quem nos aconselhou a fazer este desvio. Ainda bem que viemos aqui parar. E coitado... falámos com ele ainda agora e vinha no comboio, já a chegar a Pombal... e ainda se vai montar na bicicleta para vi aqui ter connosco...
A bateria do computador está mesmo a acabar... prometemos que amanhã contamos as aventuras de hoje, onde estamos, e quem é a nossa estrela! Boa noite, durmam quentinhos que nós também vamos tentar... ;)
sábado, 31 de janeiro de 2009
Finalmente... a estrela!
Despacha-te, Alexandre!
Tal como era esperado, ontem apanhámos o regional. Fomos de Leiria até Alforelos, num cavalo de ferro sobre carris, rodeados de cinzento em vários tons... e água!
Água por todo o lado!
A paisagem que passava na janela era pouco animadora. Será que vamos levar com chuva o resto da viagem? Mas isto não melhora?
Em Alforelos ficámos à espera de outro regional, que nos levou a Soure - onde passámos a noite. Jantámos na estação vazia, acompanhados de Alfas e Intercidades que passavam a velocidades extremas, e recebemos a visita da Maria João e do Fernando, que nos vieram entregar algumas coisas que tinham ficado em Lisboa.
Dormimos debaixo de um silo, abrigados da chuva que caiu toda a noite. E hoje de manhã, quando acordámos com os galos a cantar, fomos surpreendidos com um céu muito menos carregado que ontem. Via-se azul! E não chovia!
Pedalámos numa estrada molhada, a brilhar ao sol. Vimos esquilos, coelhos e cegonhas. Foi uma manhã muito calma, sem grandes esforços - exactamente o que precisávamos para recuperar o ânimo.
E já estamos em Redinha, onde vamos ficar hoje. Alexandre, estamos à tua espera! Já nos recomendaram o tal sítio de que tu nos falaste, e até vem não-sei-quem abrir a porta da capela dentro da gruta. Despacha-te, pá!
Não esquecer: hoje sai a Fugas (Público) com a 3ª parte do relato da Mikelina e da Penélope. Participem no passatempo, há livros para oferecer e as histórias vencedoras são publicadas com a nossa!
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
E agora... o que fazer?
Não pára.
Estamos há horas a ver se melhora um pouco, mas não há meio desta chuvada parar. Há cerca de uma hora, decidimo-nos a enfrentar a que seria a maior molha da viagem, até agora. Mas no momento em que pusemos as bikes na rua, o Carlos diz com um sorriso:
"Epá, isto hoje está cá com uma suspensão..."
Mas as nossas bicicletas não têm suspensão. E o que o Carlos estava a sentir era um pneu com pouco ar lá dentro. Exactamente: o primeiro furo deste passeio.
Não pára de chover. Não nos apetece mudar pneus à chuva, e só agora é que voltou do almoço o mecânico que, ainda esta manhã, montou um suporte para o cesto do Jorge.
Estamos a ponderar a hipótese de apanhar um comboio até Pombal. Só para adiantar alguns quilómetros - os que poderíamos ter pedalado hoje, em condições "normais". No Domingo temos de estar em Coimbra, por isso ficar hoje em Leiria está fora de questão.
Se ao menos parasse de chover...
4L Trophy
Como escrevemos no post anterior, ontem conhecemos o Diogo e o Pedro, dois alunos do Curso de Engenharia Automóvel do Instituto Politécnico de Leiria, que vão participar numa aventura inesquecível.
O Raid 4L Trophy vai ligar Paris a Marraquexe, com partida no próximo dia 19 de Fevereiro. São 1000 equipas na 12ª edição desta prova que promete muitas aventuras, e no final ainda entregam material escolar às crianças que vivem no deserto.
Para conhecer melhor estes novos amigos, e quem sabe contribuir ou patrocinar de alguma forma, podem visitar o site deles: http://www.4l.ipleiria.pt
Para saber mais sobre o evento, o site oficial é http://www.4ltrophy.com
No site há um video promocional para a prova de 2009, que está muito bom. Não o conseguimos passar aqui, mas fica o video de 2007, que "sacámos" no youtube.
Enjoy!
7º dia e 8ª manhã
O dia de ontem teve pouca história. Saímos tarde de São Pedro de Moel, aproveitando uma "aberta". Foi, literalmente, sol de pouca dura. Avançámos debaixo de chuviscos até à Marinha Grande, e daí até Leiria. Tomámos banho, descansámos, comemos - e depois lá fomos para a Bertrand apresentar o livro, e conhecemos o Diogo e o Pedro, dois malucos prestes a embarcar numa aventura muito louca.
Hoje fomos deixar a bicicleta do Jorge no mecânico, para "dar um toque" no cesto frontal, que não se está a aguentar bem. Também temos a roupa a lavar, e outros assuntos a resolver - por isso só saímos à tarde.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
A Paz esteja connvosco!
À saída de Mafra, logo no princípio desta viagem, passámos por Paz. Uma pequena terra com um nome tão sugestivo. Passámos os quilómetros seguintes a fazer trocadilhos com o nome da terra.
No taxi:
"É pra onde?"
"Deixe-me em Paz."
Como é que se chamam as pessoas que vivem em Paz? E já agora... puxem pela cabeça e entrem no espírito. Vamos lá ver quem é que se lembra do trocadilho mais original. Hoje não há prémios, é só pela piada.
Ah! E já estamos em Leiria! A apresentação na Bertrand do CC Continente +e Às 18:00, "as usual".
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
6º dia (20:00)
Até podia ter sido uma tarde lixada. A manhã foi o que foi, por isso as expectativas eram baixas. Era suposto voltarmos à N8, o que implica mais trânsito - logo, mais razias e "sprayzadas" de água suja.
Podia ter sido uma tarde lixada - mas não foi. O Wilson (do restaurante "Lázaro", onde almoçámos na Nazaré) recomendou-nos uma ciclovia que serpenteia, Portugal acima entre o pinhal e o mar, até S. Pedro de Moel. E ainda nos ofereceu uma garrafa de vinho tinto - que estamos neste momento a beber.
As nuvens estavam mais claras, deixara de chover. Era hora de partir.
Subimos no ascensor da Nazaré, com as bicicletas na parte de fora. Foi um pequeno drama para tirá-las, não só porque podiam cair pela encosta abaixo, mas porque havia uns cabos de alta tensão a menos de um braço esticado de distância. Nem tínhamos reparado neles, até ao "condutor/pica" nos avisar:
- Meninos, tenham cuidado com esses cabos que ficam aí agarrados e são projectados pela encosta abaixo.
(que imagem...)
- Mas isso já aconteceu?
- Então não! No outro dia vinha um homem com uma daquelas armas de caça submarina... quando vai para tirá-la aquilo dá-lhe um esticão e lá vai ele pelos carris abaixo.
- E morreu?
- Não... partiu um braço e uma perna... mas podia ter sido pior.
Dito isto, atenção redobrada para não tocarmos em nada. Não vá o diabo tecê-las.
Quando finalmente estávamos prontos para sair, eis que o telefone toca. Era a Dina das Dunas. Quem acompanha o blog há mais tempo lembra-se dela, de certeza. Foi para Dakar na mesma altura que nós, de jipe. Publicámos aqui a história dela, com fotos à mistura... e quando lançámos a "campanha de angariação" das guitarras, foi ela quem nos enviou a guitarra que está agora na Mauritânia, em casa do Djaló.
Apresentações à parte: a Dina ligou, porque tinha lido no blog que estávamos na Nazaré. Queria aconselhar-nos a ciclovia (e se já estávamos convencidos em vir por aqui, agora é que não havia volta a dar) e ainda nos arranjou um lugar para dormirmos, aqui em São Pedro de Moel. Mas disso falamos amanhã.
Tudo está bem quando acaba bem. E o hoje dia foi um exemplo disso. Começou de uma forma mais agreste, com chuva e alguns contratempos (o Jorge deixou cair a carteira, numa rotunda das Caldas, e foi preciso voltar atrás para recuperá-la, porque o Sr. Joaquim, que a encontrou, conseguiu arranjar forma de entrar em contacto connosco!); mas depois de um almoço excelente, as energias viraram a nosso favor, pedalámos numa ciclovia espectacular (parabéns e obrigado a quem se lembrou de a construir, devia haver mais cabeças assim por esse Portugal fora) e aqui estamos... no quentinho... a saborear um bom vinho e a preparar-nos para ir jantar!
6º dia (15:40)
Pedalámos toda a manhã debaixo de chuva, até chegar à Nazaré. Entrámos ensopados num restaurante, há quase três horas... e ainda não conseguimos sair :)
Já vimos o mail, o telejornal, a novela, os Simpsons e chegou a hora de pedalar - temos que encontrar uma ruína ou um telheiro que nos proteja da chuva e que nos deixe a poucos quilómetros de Leiria, para a apresentação de amanhã.
Vendo bem as coisas: com alertas vermelhos, mini tornados e outras desgraças anunciadas nos telejornais, esta chuvinha debaixo dos corta-ventos luxuosos da Salomon é pêra doce!
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
5º dia (23:00)
Passaram "a correr", os 6km que faltava pedalar para as Caldas da Rainha. Chegámos a tempo de tomar um duche, comer umas cavacas e dar uma volta pelo centro. E às 18:00, como era previsto, estávamos na Bertrand do Centro Comercial Vivaci - onde fomos muito bem recebidos.
São onze da noite, mas parece que são "tantas da manhã". Isto de ir para as tendas entre as oito e as nove troca um bocado os horários. E hoje nem tivemos vinho tinto a acompanhar o serão. Vamos dormir, amanhã temos muito que pedalar... a caminho de Leiria!
5º dia (12:45)
Bom dia, alegria!
11 horas de sono depois, desmontámos as tendas e voltámos à estrada - mas não avançámos mais que uns passos, porque a Dona Florinda apareceu à porta de sua casa e convidou-nos para um café. Um café que se esticou para pão com queijo da serra e doce de abóbora caseiro. Que delícia!
Estamos em Óbidos, a comer um caldo verde no café "1º de Dezembro", que curiosamente pertence a alguém da família da Dona Florinda. Hoje às 18:00 temos a apresentação do livro no Vivacci Caldas. E apesar de só faltarem 6km de estrada, não estamos muito "virados" para grandes esforços.
Nada que não se resolva com a primeira pedalada. A partir daí é quase automático.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
4º dia (20:20)
Estamos acampados mesmo ao pé de Óbidos. Pedimos autorização para usar um terreno baldio perto de umas casas - e aqui estamos. Jantámos cedo, portanto. Passam poucos minutos das oito e está cada um na sua tenda, a preparar-se para dormir. Ao fundo ouvimos os carros que passam na A8. Não chove - e não choveu enquanto pedalámos.
Passámos num supermercado e comprámos comida para o jantar. Apesar de ser o segundo dia em que fazemos campismo selvagem, é a primeira vez (nesta viagem) que cozinhamos. O Carlos preparou uma fogueira, meio-a-custo porque a lenha estava toda molhada; e o Jorge fez um petisco, que aproveitamos para partilhar, ao estilo das receitas que partilhámos no livro:
Fusilli com atum, tomate e coentros
Ingredientes:
1/3 de uma embalagem de fusilli
1/2 frasco de molho de tomate e basílico
1/2 ramo de coentros
2 latas de atum
Preparação:
Ferva a água na fogueira, com uma pitada de sal, pimenta e um fio de azeite. Deite o fusilli e deixe cozer. Assim que estiver pronto, misture o atum, o molho de tomate e os coentros. Acrescente um pouco de piri-piri, a gosto. Já está.
Simples, delicioso... e muito low-cost.
E para a sobremesa... bananas, que é bom para as cãibras! :)
Até amanhã, nas Caldas!
4º dia (14:00)
Frio e vento. Estamos no Inverno, só admira ainda não termos apanhado uma chuvada. As nuvens ainda ameaçaram, hoje de manhã, mas chegámos secos ao Bombarral. Um bocado cansados, é verdade, mas ainda estamos a recuperar a forma, e o vento não ajuda muito.
Temos passado por terras com nomes muito engraçados, e estamos a preparar uma colectânea com os melhores. Para não acumular muito, esta semana deixamos aqui algumas. Mas isso fica para amanhã. Agora estamos a almoçar, esperamos chegar hoje a Óbidos, onde devemos fazer campismo selvagem - e amanhã temos a apresentação nas Caldas da Rainha.
domingo, 25 de janeiro de 2009
3º dia (22:00)
Há um capítulo no livro cujo título resume grande parte da nossa pedalada de hoje. Chama-se "Vento de frente não é para toda a gente"... será que é preciso dizer mais?
Acordámos cedo, mas passámos a manhã a ler e a tomar café, a dar voltas à bagagem, a decidir o que podia ficar para trás, para poupar espaço e reduzir peso. E quando saímos de Sobral da Abelheira, passava do meio-dia.
Não tinha ainda caído uma pinga, mas assim que acabámos de montar as coisas nas bicicletas, foi como se o céu descarregasse tudo o que ainda não chovera este fim-de-semana. Felizmente foi coisa-pouca, e ao fim de dez minutos já o sol espreitava entre as nuvens - e nós saímos.
Vento durante toda a tarde, mais uma chuvinha à chegada de Torres Vedras. Encontrámos uma pensão barata para passar a noite, e às 18:00 (como previsto!) lá estávamos no Arena Shopping.
Esta coisa de dar autógrafos ainda é um bocado estranha para nós, mas qualquer constrangimento é compensado pelas pessoas que conhecemos. Hoje foi bom exemplo disso, e quem passasse na Bertrand e não soubesse que havia uma apresentação a decorrer, poderia jurar que eram velhos amigos que ali se tinham juntado à conversa.
Ainda bem que é assim!
Estamos num quarto sem janelas nem outros luxos. Não interessa, queremos é dormir. O cansaço e o sorriso que trouxemos do Arena Shopping pedem uma boa noite de sono, e é isso mesmo que vamos agora fazer.
Amanhã, se conseguirmos, publicamos algumas fotos. E à noite podem contar com o relato do dia.
sábado, 24 de janeiro de 2009
2º dia (18:00)
Dormimos 11 horas na primeira noite e hoje pedalámos 5... mas com paragens generosas.
Carvalhal, Mafra e Sobral da Abelheira. Devagar, devagarinho - desde que voltámos de Dakar, passámos muito tempo sentados em frente ao computador a escrever o livro, numa viagem empolgante que nos arrasou a forma física, a par das jantaradas lusitanas e da nossa preguiça natural para domingos desportivos.
Mas já estamos onde gostamos - "on the road" - e depois de um pequeno-almoço com torradas em pão de Mafra a 0,55 cêntimos, o sol rasgou as nuvens e acompanhou-nos a brilhar durante toda a segunda etapa.
Estamos em casa da nossa amiga Marta Cidraes, em Sobral da Abelheira, com uma lareira ao fundo e já de banho tomado, a beber chá e a ler a Fugas, que hoje publica a segunda parte dos relatos da Mikelina e da Penélope. Viva o luxo!
Amanhã fazemos o pouco que ainda falta para Torres Vedras. A apresentação é às 18:00, na Bertrand do Arena Shopping. Até lá!
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
1º dia (20:00)
Estamos acampados junto a um rio, o barulho da água a correr é o tónico que precisávamos depois da azáfama dos últimos dias, com o lançamento do livro e todo o aparato à volta.
Hoje fizemos poucos quilómetros. Saímos tarde de Sintra, por causa de um problema com o travão da frente da bicicleta do Carlos. Avançámos devagar - afinal, não pegávamos em bicicletas desde Dakar! Mas foi um passeio agradável. Não choveu, as estradas mais movimentadas deram lugar a quase-caminhos que serpenteavam pela paisagem, em direcção a Mafra.
Passámos por "cemitérios de carros antigos" e stands novinhos em folha. Mármore a mobilar as bermas da estrada. Cães a ladrar. Razias de camiões e carros cheios de pressa. Começou a escurecer e aqui estamos, com um rio castanho ao lado, mas no escuro não há cores e só se ouve a água. Que paz!
Lemos agora os comentários, e alguém perguntava sobre as novas bikes. São low-cost, como a Mikelina e a Penélope. Não têm nomes, e nesta fase nem queremos pensar nisso. Talvez por respeito às nossas companheiras, que tantas aventuras partilharam até Dakar. Logo se vê, se também damos nomes a estas...
Amanhã de manhã vamos postar algumas fotos. Da apresentação do livro, ontem à tarde na Bertrand do Chiado, e do passeio de hoje. E já agora aproveitamos para agradecer, mais uma vez porque nunca é demais, a toda a gente que nos tem apoiado, nem que seja com palavras encorajadoras; à Livros D'Hoje, que tem feito muito mais do que é suposto e acreditou que temos um projecto que não se esgota num livro; e à Salomon, que nos mima e permite que a aventura seja muito mais confortável do que alguma vez seria.
(Re)começa!
Chuva, frio e vento forte. Lá fora Sintra abana-se toda. Hoje é daqueles dias que não apetece sair da cama, quanto mais para um selim depois de 7 meses parados! Mas desta vez temos horários a cumprir e neste Domingo estamos na Bertrand de Torres Vedras a apresentar o livro. Não dá azo a grandes molezas, como em Vila Fresca de Azeitão há exactamente 11 meses atrás!
Ontem saímos de Lisboa e optámos pela solução mais confortável. Pedalar estava fora de questão, porque era noite; e aliciados com a hipótese de uma boleia, o comboio já não parecia tão boa ideia. Hora de ponta... e depois subir metade da serra de Sintra à noite e debaixo de chuva. Viemos de carro, portanto.
A digressão low-cost começa daqui a pouco. Hoje de manhã veio ter connosco uma equipa de reportagem do IOL, estivemos a conversar um pouco; e agora vamos embora. A chuva parou, o vento está mais forte. A bicicleta do Carlos teve uma ligeira avaria, vamos passar uma oficina e arrancamos logo a seguir. Nada nos pode parar, hoje. Ou sim, ou sim.
Recomeça!
Damos mais notícias assim que pararmos.
Update do calendário
Já sabemos quais as Bertrand a que vamos, nas cidades que têm mais que uma loja. Podem consultar a lista que está mais em baixo, que actualizámos hoje de manhã.
Obrigado a todos pelo apoio, pelas ideias, pela força!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Oh oh oh!
Dizem que Natal é quando um homem quiser... e a Salomon levou o ditado à letra!
Hoje, 21 de Janeiro, véspera do lançamento do livro e do arranque para a "Digressão Nacional Low Cost", a Bárbara Sá "vestiu-se" de Pai Natal e do seu saco imaginário tirou vários presentes e encheu-nos de mimos!
Partimos para esta volta por Portugal ainda mais equipados do que na viagem para Dakar. E convenhamos... veio mesmo a calhar. Com o frio que está, ameaças de chuva e alertas às cores, foi com um sorriso de orelha a orelha que carregámos o carro com ténis, casacos, corta-ventos, camisolas, calças... e tudo à prova de Inverno!
Amanhã apresentamos o livro e "voltamos à estrada"... o que será que nos reserva este passeio (frio!) por Portugal? Não percam os relatos aqui no blog, quase em directo porque desta vez levamos net!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Lançamento do livro
O livro vai ser apresentado na Livraria Bertrand, no Chiado, já na próxima quinta-feira, às 16:00. É uma apresentação muito informal, que serve de ponto de partida para a nossa "Digressão Nacional Low Cost".
Ao fim da tarde partimos para Sintra, e no dia a seguir arrancamos nesta volta de bicicleta por Portugal. Acabamos no Porto, um mês depois. E quando voltarmos a Lisboa, no fim de Fevereiro... haverá uma festa, que vai fechar este ciclo "1000 euros", e onde apresentaremos a próxima paragem.
Mas cada coisa a seu tempo! O livro vai ser apresentado nas Livrarias Bertrand de várias cidades, sendo este o calendário:
25/01 Torres Vedras
27/01 Caldas da Rainha
29/01 Leiria
01/02 Coimbra Dolce Vita
04/02 Aveiro Forum
07/02 Viseu Palácio do Gelo
11/02 Vila Real
14/02 Guimarães
16/02 Braga Parque
18/02 Viana do Castelo Estação
21/02 Porto Júlio Dinis
À excepção de Lisboa, as apresentações acontecem sempre às 18:00. Se houver alguma alteração, avisamos.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Digressão Nacional "Low Cost"
Tal como anunciámos, o lançamento do livro é já na próxima quinta, dia 22. Só ainda não confirmámos onde e a que horas, porque ainda falta "limar algumas arestas". Na segunda-feira à tarde voltamos a falar sobre o assunto.
Mas temos novidades! Quinta-feira vamos partir numa aventura de um mês, por Portugal, a promover o livro. Não temos a Mikelina e a Penélope connosco (o que é uma pena...) mas a Livros D'Hoje ofereceu-nos duas valentes substitutas, para pedalarmos com o mesmo espírito com que fomos até Dakar.
Faça chuva ou fala sol, na próxima quinta voltamos à estrada. Acabamos no Porto, dia 21 de Fevereiro, e pelo meio atravessamos boa parte do país.
Na segunda-feira, além de confirmar onde e a que horas é a apresentação do livro, esperamos poder adiantar as datas da nossa "digressão nacional low cost".
Até lá... aceitamos sugestões!
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Mikelina e Penélope escrevem para a Fugas
A primeira parte da série "Mikelina e Penélope a caminho de Dakar" faz a introdução à aventura e conta algumas peripécias vividas ainda em Portugal. E a partir do próximo sábado, não só contamos o resto da viagem como teremos 10 livros, oferecidos pela Livros D'Hoje para um passatempo da Fugas.
Para participar, basta comprar amanhã o Público ou passar no blog da Fugas: http://blogs.publico.pt/fugas
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
O meu Sahara é diferente do teu
O deserto, como o imaginávamos, tarda a aparecer.
O Sahara das dunas e das miragens, das altas palmeiras no meio da areia infinita.
Será que existe?
O que é o deserto?
O deserto é, segundo o que pudemos constatar durante estes três dias, uma paisagem árida e aparentemente triste, feita de rochas e ocasionais arbustos, rasgada por uma estrada de alcatrão onde viajam camiões de matrícula marroquina, Mercedes azuis e duas bicicletas chamadas Mikelina e Penélope. Sim, há dunas. De vez em quando ao longe, às vezes em cima da estrada, de tamanhos vários mas nunca a perder de vista, daqui ao horizonte e do horizonte ao outro lado. O que, apesar de contrariar as minhas expectativas, não é necessariamente mau.
O deserto começa com um aviso: um sinal de trânsito triangular, branco por dentro e vermelho à volta, um desenho pintado a preto a lembrar o que toda a gente já devia saber: há camelos no deserto. Cuidado, não os atropelem. E surpresa ou não, há mesmo. Há camelos a atravessar a estrada, camelos no horizonte, outros na paisagem entre um lugar e o outro. Só a olhar – são animais curiosos, os camelos. Há de várias cores, muitos tamanhos e até com tipos de pelo diferente.
O deserto é areia e camelos, portanto – até aqui, nada de novo.
Mas também é lixo, por exemplo.
São latas de bebidas, pacotes de bolachas, embalagens várias. Atiradas pelos carros que passam. Sacos cheios de alguma coisa. Sandálias, ténis e camisas. Garrafas de vidro e garrafas de plástico, algumas cheias de um brilhante líquido amarelo… isso mesmo, exactamente!, já vi que não preciso de esclarecer do que se tratava o conteúdo. Mas deixo a dúvida que me inquietou durante alguns quilómetros: porquê o pormenor de fechar as garrafas? Se tinham tanta-pressa ou tanta-vontade, que nem sequer deu tempo para parar o carro… porquê o trabalho de enroscar a tampa?
Cadáveres de automóveis, em diversos estados de contorcionismo e decomposição.
Cadáveres de animais, em diversos estados de contorcionismo e decomposição.
by Jorge
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Al Aila
Antes de começar a pedalar para fora de Larache, e da sombra do “tout” sinistro que nos perseguia de cacetete em punho, fomos comprar dois objectos em falta: um fogareiro a gás e um fole para a minha buzina, que se tinha perdido (daqueles em borracha tipo vendedor de gelado). A buzina em Marrocos é muito mais importante que o capacete: aviso para ultrapassar carroças, carros parados, para assustar animais e acenar aos miúdos na estrada.
Na drogaria não tinham a borracha, mas sacaram de uma caixa pequena, cheia de pó, com uma reluzente buzina a pilhas, amarelo-ferrari e três tipo de som – ambulância, polícia, e outro histerismo indiferenciado. Todos com um som agudo e distorcido que entrava como setas no tímpano. Era tudo o que queria: dava nas vistas e oferecia um brinquedo foleiro à Mikelina. Montei a sirene a meio do guiador, estiquei o fio até à manete do travão, onde prendi o sofisticado botão encarnado. Por três euros passava a andar numa bicicleta tunning, e fiquei radiante. Quando o Jorge chegou dei-lhe um show de buzinadelas, ao qual ele respondeu com um sorriso torto. Até ao fim da viagem degladiámo-nos em argumentos acerca de qual a buzina mais cool.
Naquele dia pedalámos quarenta e seis quilómetros sob um céu que se ia carregando de cinzento, mas sem passar da ameaça. Desde Azeitão que viajávamos a seco, até ao final desse dia: uns chuviscos anteciparam-nos a paragem um par de horas. Aproveitamos um café como porto de abrigo.Tinha chegado a hora: íamos finalmente fazer campismo selvagem em Marrocos, algo que desde o início nos fazia levantar algumas questões. Será perigoso?
by Carlos
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Espera-nos um dia lixado
Dez de Março: o dia em que atravessámos o Parque Nacional de Doñana, pela praia, prometia ser um dos mais complicados da viagem. Na noite anterior à espectacular e arriscada façanha, fomos com a Astrid e o Ricky a um bar de Matalascañas, onde vários novos-amigos nos avisaram:
Só se pode passar na maré vazia!
Há algas escorregadias!
Rochas a tapar o caminho!
Areias movediças!
(e outros perigos e Adamastores.)
Guardámos mapas com palavras sublinhadas, cruzinhas e círculos desenhados. Fomos ao Google Earth e mostraram-nos as partes mais críticas do trajecto, bem como o lugar onde deveríamos esperar pelo ferry, para atravessar o rio Guadalquivir, a sul de Doñana. Do outro lado ficava Sanlucar de Barrameda, onde voltávamos a ter estrada. Guardámos o número do telemóvel do barqueiro, só por precaução. Consultámos na internet as tabelas de marés, vimos as previsões do tempo, do estado do mar e da direcção e força do vento. Preparámo-nos para a eventualidade de demorarmos o dia todo a atravessar o Parque, e até brincámos com a hipótese de não conseguirmos fazer o percurso num só dia. Por causa das marés. Pedalar na areia não é pêra-doce: e se tivéssemos de empurrar as bicicletas? E se a maré subisse e nos obrigasse a parar várias horas? E se as autoridades nos apanhassem a acampar? Não se pode montar tenda no Parque Natural de Doñana!
“Espera-nos um dia lixado”, concordámos.
by Jorge
Exclusivo! Exclusivo!
Hoje à tarde vamos publicar, em exclusivo, uma"passagem" do livro. Para aguçar o apetite!
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Almoço em casa do Habib
No dia 30 de Dezembro, a mãe do Habib convidou-nos para almoçar lá em casa. Depois de um chá berbere que o Jorge tentou fazer (sem grande sucesso), comemos uns couscous com carne de camelo que estavam uma delícia! Ficam 3 momentos desta tarde chuvosa e fria, passada entre quatro paredes com a família do Habib.
Shukran bezzef, Habib!
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Said com a guitarra nova
O Said já recebeu a guitarra oferecida pelo Tenente Reformado. Ficou muito emocionado com o presente, agradeceu do fundo do coração... e nos dias que passámos juntos, na semana passada em Guelmim, Sidi Ifni e Agadir, não a largou um segundo.
Acabou por ser um presente de Natal e de anos, já que completou 20 no dia 2 de Janeiro. Parabéns, Said!
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Não pára!
A RTP1 transmitiu ontem à noite o especial "Revista do Ano 2008", que termina com algumas ideias sobre o "Até onde vais com 1000 euros?" e uma breve apresentação ao nosso livro, que sai no próximo dia 22.
E por falar em livro: a data está confirmada, agora estamos a ultimar pormenores com a Livros D'Hoje, sobre o lugar, horário, etc. Assim que estiver tudo "fechado", avisamos.
Mais boas notícias: ganhámos outro prémio! O blog http://tvcinews.wordpress.com/ teve a iniciativa de organizar os TV Cinews Awards, que premeia essencialmente os blogs portugueses dedicados à Televisão e Cinema. Nós ganhámos a categoria Blog TOP de 2008, que é a única aberta a todo o tipo de blogs. Que honra! E que excelente forma de começar o novo ano!
Fica aqui a lista de vencedores:
Melhor Blog de Noticias de Cinema e Televisão
Hotvnews
Melhor Blog em Criticas de Cinema
cinemabox
Melhor Blog em Criticas de Televisão
Portal de Séries
Melhor Design e grafismo em Blog de Cinema e Televisão
Elite Criativa
Melhor Blog de Cinema e Televisão
Tv Dependente
Blog TOP de 2008
Até onde vais com 1000 euros?
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Novidades fresquinhas!
Guardem os cheques-FNAC que o Pai Natal deixou no sapatinho... ;) porque o nosso livro "sai" já no dia 22 de Janeiro! Tem episódios que não foram contados no blog e outros que apareceram, mas agora são explicados ao pormenor. Tem fotografias, revelações inéditas, desabafos, encontros e desencontros; e até tem receitas e uma carta à Tia Liló, entre outras surpresas!
O prefácio é do Tenente Reformado, que desde já agradecemos o excelente texto com que abre o livro.
Como prometido, o blog volta ao activo este mês. O Jorge volta na segunda-feira de Marrocos, onde foi passar o ano com alguns amigos - e traz muitas fotos e histórias para partilhar. O Said já recebeu a guitarra nova... e alguns dos amigos que fizemos, durante a nossa aventura para Dakar, vão voltar a aparecer aqui, nos próximos dias.
Até segunda! E já agora... Bom Ano Novo!